A partir desta quarta-feira, 18 de outubro, o Departamento de Segurança Interna (DHS) vai coletar e armazenar “nomes e pseudônimos em redes sociais, informações associadas identificáveis e resultados de busca” de todos os imigrantes nos Estados Unidos — inclusive os detentores do green card e cidadãos imigrantes naturalizados.
Isso constitui uma tremenda violação de privacidade não apenas para os nascidos no exterior, mas também para qualquer cidadão americano que esteja se comunicando com esses imigrantes via redes sociais.
Os dados apontam para a existência de mais de 43 milhões de pessoas que vivem nos Estados Unidos mas nasceram em outros países. E mesmo que um cidadão nascido nos EUA não conheça nenhum estrangeiro, seu perfil mas redes sociais deve acabar aparecendo em algum lugar nesses arquivos gigantescos sendo monitorados.
Assim sendo, praticamente todo os EUA estarão no radar do governo. A parte preocupante é que não parece haver transparência nesse novo sistema e a forma como essas informações serão usadas continua sendo um mistério seja no caso de um imigrante ou de um cidadão nascido nos EUA.
E, além da questão de privacidade, também há receios de que a varredura nas redes sociais não tenha métricas eficientes. O FBI, o Departamento de Investigação Federal dos EUA, já afirmou mais de uma vez que “a coleta de comunicação em massa” não é um meio confiável de identificar terroristas.
O DHS começará essa coleta de dados no mesmo dia em que entrará em vigor a ampliação do veto migratório do governo Trump, afetando agora oito países.. Embora a medida represente uma expansão dramática no monitoramento praticado pelo governo nos EUA, ela não oferece nenhuma garantia no sentido de que tornará o país mais seguro.
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